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Serafim Fertuzinhos S.A.


A Serafim Fertuzinhos é uma empresa com mais de 50 anos especialista na produção de tesouras. Em termos tecnológicos como é que o negócio evoluiu?
Em termos de produto as inovações fazem-se mais ao nível ergonómico, de escolha de materiais, de forma a facilitar o trabalho do utilizador. Para isso temos um departamento de desenvolvimento de produto, equipado com tecnologia de ponta, onde podemos rapidamente fazer um protótipo apenas tendo o desenho do sólido. Basicamente estes equipamentos permitem sermos mais rápidos a encontrar novas soluções inovadoras. Já em termos de produção, a Serafim Fertuzinhos está sempre atenta às inovações tecnológicas. Desde os anos 80 que trabalhamos com máquinas de controlo numérico, ou seja "computorizadas”, com tecnologia que nos permite melhorar, cada vez mais, os produtos fabricados.

As principais empresas concorrentes localizam-se na Suíça, Suécia e Finlândia. O desafio da consolidação das vendas é maior quando se compete com mercados mais inovadores e avançados em termos tecnológicos?
Claro que os desafios são cada vez maiores, mas estamos preparados. O fato de termos à nossa disposição equipamentos que nos permitem uma grande celeridade na obtenção de protótipos dá-nos vantagens na criação de produtos que melhor se adequem às pretensões do cliente. Por outro lado, e embora as empresas concorrentes e líderes de mercado tenham as sedes nesses países, a verdade é que em algumas delas a produção passou para a Ásia, o que faz com que os tempos de chegada dos produtos ao mercado sejam mais longos e os produtos comercializados resultem de cópias de média/baixa qualidade. Neste sentido, o que poderia ser uma ameaça torna-se também numa vantagem. Somos, e fazemos questão de o enfatizar, criadores e produtores em solo europeu, com toda a credibilidade que a isso é associada.

A internacionalização é, de momento, um dos principais objetivos da Serafim Fertuzinhos? Para que mercados?
Felizmente a internacionalização é uma política antiga da empresa. Exportamos entre 70% a 80% da produção para mais de 25 países espalhados pelos 5 continentes. Fruto de um trabalho de décadas. O que não quer dizer que estejamos estáticos neste campo. Recentemente, abrimos uma empresa de distribuição dos nossos produtos no Brasil, onde temos investido bastante, e que nos trouxe grandes desafios em termos de criação e desenvolvimento de produtos. Continuamos, paralelamente, a mostrar-nos em feiras internacionais e em missões internacionais. Para além desta aposta no mercado brasileiro e embora os nossos produtos já estejam em boa parte dos países americanos, continuamos a insistir nesse continente, tendo recentemente participado numa missão empresarial à Colômbia, que se prevê de grande sucesso para a nossa empresa.

Em que medida o apoio comunitário tem contribuído para o desenvolvimento de novos produtos e para a modernização da empresa?
O apoio comunitário tem um papel importantíssimo, na medida em que nos permite ter, mais rapidamente, capacidade de aquisição e investimento em tecnologia sem comprometer a saúde financeira da empresa e a sua sustentabilidade. O que com capitais próprios demoraria 10 a 12 anos a conseguir, com o apoio comunitário consegue-se em 3 anos. Desta forma, sentimo-nos capazes de dar resposta em termos criativos e inovadores. Estamos preparados para as exigências e mudanças dos mercados.



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